Portugal vai registar nos próximos dias um aumento dos níveis de pólenes na atmosfera, principalmente das árvores, como o plátano, cipreste, pinheiro e carvalho, segundo o Boletim Polínico da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica.
Este aumento é esperado para esta altura do ano, devido à subida da temperatura média do ar, refere a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC) no Boletim Polínico, divulgado esta quinta-feira.
A SPAIC refere que vai verificar-se "um aumento dos níveis dos pólenes na atmosfera", na semana entre 23 e 29 de março, que aparecem em "concentrações muito elevadas no continente, e em concentrações moderadas a elevadas nos arquipélagos dos Açores e da Madeira".
O alerta vai particularmente para os pólenes de árvores, plátano, cipreste, pinheiro e carvalho, e para o pólen da erva parietária.
"Os pólenes de gramíneas, embora com pouca expressão, iniciam o seu período de polinização, com tendência para aumento dos níveis nas próximas semanas", refere a informação da SPAIC obtida através da leitura de vários postos que fazem uma recolha contínua dos pólenes, em várias regiões do país.
As alergias têm vindo a aumentar nas últimas décadas e atualmente, na Europa, cerca de 8% a 10% da população (mais de 24 milhões de pessoas) sofre de asma, sendo a rinite alérgica ainda mais frequente, atingindo 10% a 15% da população.
Em Portugal os estudos mais recentes demonstram que cerca de 11% das crianças entre os 6 e 14 anos e 5% dos adultos, sofrem de asma (pelos menos 500 mil portugueses) e cerca de 20% da população sofre de alergia aos pólenes, que se manifesta com rinite alérgica, conjuntivite, asma ou eczemas.