De acordo com o Observatório de Secas do Instituto de Meteorologia e confirmando previsão anterior, a situação de seca meteorológica apresenta em 29 de fevereiro um agravamento face aos últimos apuramentos de 15 de fevereiro, com todo o território continental em situação de seca severa (68%) e extrema (32%), os dois níveis mais elevados de severidade.
Esta situação fica a dever-se à ausência de precipitação significativa em praticamente todo o território, durante a última quinzena de fevereiro. Este mês de 2012, com uma precipitação média de 2,2 mm passou a constituir o fevereiro mais seco desde 1931, ano em que se iniciaram os registos continuados de precipitação em Portugal continental.
Em termos de percentagem de água no solo, medindo a capacidade de água utilizável pelas plantas, verifica-se que a maior parte do país já apresenta valores inferiores a 50%, havendo mesmo locais na região sul onde é mesmo inferior a 40%.
Esta seca meteorológica é, no final de fevereiro, mais intensa que a última seca ocorrida no território nacional em 2005. Recorda-se que a 15 de fevereiro a situação de seca não era ainda tão gravosa como em 2005, o que veio a alterar-se com a ausência de precipitação significativa nesta segunda quinzena do mês, colocando no corrente ano a totalidade do território em seca severa ou extrema. Em 2005, à data, apenas 3/4 do território se encontrava nestas duas classes mais gravosas de seca, situação que se ficou a dever à ocorrência de precipitação na segunda quinzena do mês naquele ano e à reposição de água no solo, contrariamente à situação atual.
Para o mês de março, em termos de cenários de evolução da seca e tendo em conta a previsão mensal do estado do tempo que aponta para um valor acumulado de precipitação inferior ao normal, o Instituto de Meteorologia admite como mais provável um não desagravamento na severidade da seca meteorológica.
Fonte IM
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