sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Vulcanismo no Mundo

Vulcão na Guatemala força 33.000 pessoas a sair de casa
 
O Vulcão de Fogo, na Guatemala, registou nesta quinta-feira a maior erupção dos últimos dez anos. As autoridades estão a preparar a retirada de pelo menos 33.000 pessoas das localidades mais próximas.
Neste momento, “10.000 pessoas já foram retiradas daquela zona (...). No total, está previsto que possam ser mais de 33.000”, disse o porta-voz dos serviços de prevenção contra catástrofes (Conred), David de Leon.

Colunas de fumo e uma imensa nuvem de cinzas saíam do vulcão, situado entre as regiões de Chimaltenango, Escuintla e Sacatepequez, a sudoeste da cidade de Guatemala.

“Este tipo de erupção é maior do que o normal e já não era observado nos últimos anos. É por isso que accionámos o alerta laranja (perigo)” nas localidades em redor do vulcão, a região Oeste do país, disse aos jornalistas Gustavo Chigna, do Instituto de Vulcanologia.

Segundo Chigna, uma forte explosão deu origem a uma coluna de fumo que se elevou a 3763 metros de altitude e fez com que as cinzas caíssem sobre várias localidades.

Javier Garcia, da cidade de El Porvenir, disse a uma rádio local que não queria sair de casa mas “ao ver a forte erupção e a quantidade de cinzas que caía”, mudou de ideias e ele e a família fugiram “para procurar refúgio”. “Tudo ficou negro e não conseguíamos respirar”, acrescentou.

“Desde a noite passada ouvimos fortes estrondos, aqui em casa. Esta manhã (quinta-feira) ficou tudo negro quando o vulcão começou a lançar cinzas”, disse à mesma rádio uma mulher da cidade de Sangre de Cristo, preparando-se para abandonar a casa com os quatro filhos.

Os habitantes da região estão a ser retirados do local em autocarros pertencentes às plantações de cana-de-açúcar e em camiões de transporte de gado e mercadorias, disse à agência de notícias AFP um porta-voz dos bombeiros, Mariano Lam. Este acrescentou que muitos habitantes se recusam deixar a sua casa para trás e “decidiram ficar, por sua conta e risco”.

Para complicar as coisas, prevêem-se “fortes chuvas nas proximidades do vulcão”, informou a Conred.


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