sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Tempo no Mundo

Tempestades e neve afetam grande parte do Médio Oriente

 
 
Nevascas atingiram na noite desta quarta-feira Jordânia, Israel e Arábia Saudita, no quinto dia de uma onda excepcional de mau tempo no Médio Oriente, que causou a morte de 11 pessoas e deixou 10 desaparecidos.

Jerusalém, situada a 800 metros de altitude, estava coberta com mais de 10 centímetros de neve na manhã desta quinta-feira, o que provocou a alegria das crianças, mas paralisou boa parte do país e dos Territórios Palestinos, afetados pelo que os meios de comunicação denominaram de "a tempestade da década".

A neve chegou inclusive à região de Tabuk, no noroeste da Arábia Saudita, cujos moradores correram para ver este raro espetáculo no reino do deserto.

Na Jordânia, a tempestade de neve paralisou quase todo o país. A neve bloqueava a maior parte das rotas que levam a Amã e outras regiões, e o rei Abdullah II decretou outro feriado na quinta-feira, tal como fez na quarta. O exército foi mobilizado para abrir estradas e socorrer as pessoas bloqueadas.

Também nevou no norte do Iraque, onde exames foram adiados em algumas cidades do Curdistão e o tráfego era difícil ou estava interrompido em vários postos fronteiriços do Irã.

As inclemências do tempo continuavam no Egito, afetado por uma onda de frio. Ventos fortes e chuvas torrenciais paralisaram a circulação nas grandes cidades, sobretudo no Cairo, e obrigaram a manter fechados muitos portos.

Em toda a região, este mau tempo causou nos últimos dias a morte de 11 pessoas - três no Líbano, três em Israel e cinco na Jordânia -, enquanto outras 11 - dez pescadores cujo barco naufragou no Egito e um bebê que foi arrastado pelas águas no Líbano - estão na lista de desaparecidos.

Enquanto Damasco permanecia coberta de neve, o frio era insuportável em várias regiões da Síria, onde a guerra civil causou escassez de combustível para calefação e perturbou consideravelmente as redes de alimentação elétrica.

O frio também afetava centenas de milhares de refugiados sírios que fugiram da violência e sobrevivem em acampamentos de barracas nos países fronteiriços. Na Jordânia, o acampamento de Zaatari, onde estão abrigadas 62 mil pessoas, se tornou um lamaçal depois de vários dias de chuvas torrenciais.

Centenas de barracas foram destruídas e "a situação é absolutamente intolerável", declarou à AFP Yussef Hariri, um refugiado de 38 anos, enquanto outros, que tinham apenas pequenos cobertores molhados para se cobrir, temiam pela vida de seus filhos.

Em quase toda a região, as escolas permaneciam fechadas na quinta e vários moradores estavam sem eletricidade.

Embora em Israel a falta de luz, que afetou 20 mil residências particulares, tenha sido causada por incidentes específicos, no Líbano a situação se complicou devido a uma greve de funcionários da companhia de eletricidade.

Em Israel, a Associação de Industriais calculou o custo dos danos em 300 milhões de shekels (60 milhões de euros), devido à ausência de pessoal ou a problemas de abastecimento ou de entregas.
 
Fotos da neve em Jerusalém:
 
 
 
 

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