sexta-feira, 17 de maio de 2013

Tempo no Mundo

Ciclone faz quatro mortos no Bangladesh e 58 desaparecidos em Myanmar
 
Quatro pessoas morreram quando o "Mahasen" atingiu a zona costeira de Patuakhali, no Bangladesh, disseram fontes oficiais. Chuva e ventos fortes foram registados na costa noroeste de Myanmar, onde residem dezenas de milhares de rohingya, minoria muçulmana apátrida.
As autoridades birmanesas ordenaram a retirada de cerca de 160.000 pessoas antes da chegada do "Mahasen" à região ocidental do país.
"O exército vai levá-los para locais mais elevados", anunciou o ministro da presidência, Aung Min, numa conferência de imprensa em Rangum, de acordo com a rádio local.
Aung Min acrescentou esperar que alguns residentes recusem abandonar o sítio onde vivem e afirmou que será aplicada a lei de proteção de desastres naturais para forçar a retirada.
"Não queremos que morram", explicou.
De acordo com o Gabinete de Coordenação da ONU para os Assuntos Humanitários (OCHA), o ciclone deverá afetar cerca de 8,2 milhões de pessoas na Índia, Bangladesh e Myanmar.
Na segunda-feira, três embarcações naufragaram na baía de Bengala e continuam desaparecidos 58 refugiados que integravam um grupo de uma centena de pessoas, que estavam a ser transferidas para lugares mais seguros no Estado birmanês de Rakhine, na fronteira com o Bangladesh, antes ainda da chegada do "Mahasen".
"Não é um ciclone muito forte", disse Shamsuddun Ahmed, vice-diretor do Instituto de Meteorologia do Bangladesh, à agência noticiosa francesa AFP.
Atingiu terra com ventos de 100 quilómetros por hora, mas "enfraqueceu significativamente", afirmou.
Cerca de um milhão de pessoas passaram a noite em três mil refúgios, situados maioritariamente em escolas, ao longo da zona costeira do Bangladesh, onde residem perto de 30 milhões, disseram fontes oficiais à AFP.
A minoria rohingya, que reside no estado birmanês de Rakhine, manifestou alguma relutância em deixar os campos para deslocados internos, nos arredores de Sittwe, capital estatal, refletindo desconfiança nas autoridades, depois dos conflitos entre muçulmanos e budistas, registados no mês passado.
Os 'media' estatais birmaneses afirmaram na quarta-feira que 70.000 pessoas tinham sido retiradas dos campos e localidades mais vulneráveis.
De acordo com jornalistas da AFP, que visitaram um dos campos hoje, perto de metade dos residentes terão saído do local.
Than Win, de 38 anos, foi um dos residentes que recusou sair.
"Alguns dos residentes do campo não confiam nas autoridades, receiam ser mantidos em qualquer outro sítio e serem impedidos de regressar", explicou.
Os confrontos entre muçulmanos e budistas, maioritários em Myanmar, causaram perto de 200 mortos e bairros inteiros foram completamente destruídos, de acordo com a AFP.
O Bangladesh e Myanmar são frequentemente atingidos por ciclones devastadores. Em maio de 2008, o ciclone "Nargis", que atingiu o sul da Myanmar no princípio de maio, causou 138.000 mortos e milhares de desalojados.
 
Fonte: Sicnoticias


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