A lavoura dos Açores enfrenta a maior seca dos últimos 25 anos, diz o Presidente da Associação de Lavradores de S. Miguel, Jorge Rita.
A associação já pediu uma reunião com o secretário da agricultura.
Para atenuar a crise, a estrutura representativa dos lavradores de S. Miguel baixou o preço da fibra e o preço da palha de trigo.
O presidente da Associação Agrícola de São Miguel e da Federação Agrícola dos Açores, Jorge Rita, afirmou ao ‘Correio dos Açores’ que os 500 mil euros de apoio extraordinário atribuído aos produtores de gado da Região, em sequência à seca que afecta a Região “são importantes” para o sector “mas estão aquém das necessidades”.
“Esta é a ajuda possível num momento difícil”, afirmou Jorge Rita para depois acentuar que “todos temos a consciência que pode não ser suficiente”.
A Federação Agrícola dos Açores tem estado em contacto com o mercado internacional de alimentos fibrosos para a eventualidade de ser necessário importar. Das pesquisas realizadas, verificou-se que os alimentos para gado “estão a preços incomportáveis, sem esquecer os custos dos transportes”.
A importação de alimentos vai depender da forma como as condições meteorológicas evoluírem nos próximos tempos mas, a ser necessário importar alimentos, “a ajuda do governo é insuficiente”, salientou Jorge Rita.
A notícia de que o Governo dos Açores aprovou uma ajuda extraordinária a produtores de gado no valor de 500 mil euros, destinados à compra de alimentos para os animais, devido à seca registada no arquipélago nos últimos meses, foi dada em ‘primeira mão’ pelo ‘Correio dos Açores e secundada por todos os Órgãos de Comunicação Social da Região.
“Esta ajuda excecional, no montante de 500 mil euros, está disponível a partir da próxima segunda-feira, dia 29 de Julho”, acrescenta o executivo açoriano.
Os ‘plafonds’ de alimentos sujeitos a apoio foram distribuídos por ilhas, cabendo 100 toneladas a Santa Maria, 4.980 a São Miguel, 2.100 à Terceira, 100 à Graciosa, 1.000 a São Jorge, 1.000 ao Pico, 400 ao Faial, 300 às Flores e 20 ao Corvo.
O presidente da Associação Agrícola de São Miguel e da Federação Agrícola dos Açores, Jorge Rita, tinha defendido a 16 de Julho a necessidade de medidas para fazer face à “situação mais dramática” de que tem memória no sector resultante da seca.
Segundo Jorge Rita, foram recolhidos “poucos alimentos” de Inverno, estando-se neste momento a 50 por cento das produções relativas àquela estação e “nem se está”, entretanto, a 50 por cento da produção de Verão.
“Para agravar ainda mais a situação, os milhos não se desenvolvem devido à falta da chuva e, de certeza absoluta, não vamos ter o mesmo alimento disponível nos próximos tempos”, frisou.
A verdade é que, nomeadamente, a lavoura micaelense está a atravessar sérias dificuldades, desde as forte enxurradas de Inverno que arrasou muitas pastagens, à seca que agora ocorre e que tem atrasado o crescimento normal de alimentos forrageiros. Mesmo que chovesse o suficiente nos próximos dias, a produção de milho, por exemplo, já não teria a dimensão normal no caso de não haver seca. Portanto, há já um prejuízo acumulado nas explorações agrícolas que se pode agravar se não chover nos próximos dias.
E outra verdade é que os meteorologistas, depois de confirmarem que os meses de Junho e Julho deste ano foram mais secos que os meses homólogos do mês passado, também estão a fazer previsões de que Agosto e Setembro não serão meses muito diferentes. Nestes termos, a expectativa – caso não haja qualquer alteração imprevisível – é de que a seca se vai acentuar nos próximos tempos.
Perante este cenário menos otimista, os agricultores vão ter sérias dificuldades para alimentar o gado ao longo deste ano e início do próximo. Há já explorações agrícolas que reduziram a alimentação do gado face às dificuldades, com impacto imediato na produção de leite. Nem o facto de a indústria ter subido o preço do leite à produção e ter havido uma redução do preço das rações em contraciclo com os preços do mercado internacional consegue manter a produção de leite ao nível dos últimos anos.
E a terceira verdade neste processo e que, ao longo deste ano, a produção de leite tem vindo sempre a cair em toda a Região e, principalmente, na ilha de São Miguel conforme notícias que o ‘Correio dos Açores’ tem vindo a publicar. J.P.
“Esta é a ajuda possível num momento difícil”, afirmou Jorge Rita para depois acentuar que “todos temos a consciência que pode não ser suficiente”.
A Federação Agrícola dos Açores tem estado em contacto com o mercado internacional de alimentos fibrosos para a eventualidade de ser necessário importar. Das pesquisas realizadas, verificou-se que os alimentos para gado “estão a preços incomportáveis, sem esquecer os custos dos transportes”.
A importação de alimentos vai depender da forma como as condições meteorológicas evoluírem nos próximos tempos mas, a ser necessário importar alimentos, “a ajuda do governo é insuficiente”, salientou Jorge Rita.
A notícia de que o Governo dos Açores aprovou uma ajuda extraordinária a produtores de gado no valor de 500 mil euros, destinados à compra de alimentos para os animais, devido à seca registada no arquipélago nos últimos meses, foi dada em ‘primeira mão’ pelo ‘Correio dos Açores e secundada por todos os Órgãos de Comunicação Social da Região.
“Esta ajuda excecional, no montante de 500 mil euros, está disponível a partir da próxima segunda-feira, dia 29 de Julho”, acrescenta o executivo açoriano.
Os ‘plafonds’ de alimentos sujeitos a apoio foram distribuídos por ilhas, cabendo 100 toneladas a Santa Maria, 4.980 a São Miguel, 2.100 à Terceira, 100 à Graciosa, 1.000 a São Jorge, 1.000 ao Pico, 400 ao Faial, 300 às Flores e 20 ao Corvo.
O presidente da Associação Agrícola de São Miguel e da Federação Agrícola dos Açores, Jorge Rita, tinha defendido a 16 de Julho a necessidade de medidas para fazer face à “situação mais dramática” de que tem memória no sector resultante da seca.
Segundo Jorge Rita, foram recolhidos “poucos alimentos” de Inverno, estando-se neste momento a 50 por cento das produções relativas àquela estação e “nem se está”, entretanto, a 50 por cento da produção de Verão.
“Para agravar ainda mais a situação, os milhos não se desenvolvem devido à falta da chuva e, de certeza absoluta, não vamos ter o mesmo alimento disponível nos próximos tempos”, frisou.
A verdade é que, nomeadamente, a lavoura micaelense está a atravessar sérias dificuldades, desde as forte enxurradas de Inverno que arrasou muitas pastagens, à seca que agora ocorre e que tem atrasado o crescimento normal de alimentos forrageiros. Mesmo que chovesse o suficiente nos próximos dias, a produção de milho, por exemplo, já não teria a dimensão normal no caso de não haver seca. Portanto, há já um prejuízo acumulado nas explorações agrícolas que se pode agravar se não chover nos próximos dias.
E outra verdade é que os meteorologistas, depois de confirmarem que os meses de Junho e Julho deste ano foram mais secos que os meses homólogos do mês passado, também estão a fazer previsões de que Agosto e Setembro não serão meses muito diferentes. Nestes termos, a expectativa – caso não haja qualquer alteração imprevisível – é de que a seca se vai acentuar nos próximos tempos.
Perante este cenário menos otimista, os agricultores vão ter sérias dificuldades para alimentar o gado ao longo deste ano e início do próximo. Há já explorações agrícolas que reduziram a alimentação do gado face às dificuldades, com impacto imediato na produção de leite. Nem o facto de a indústria ter subido o preço do leite à produção e ter havido uma redução do preço das rações em contraciclo com os preços do mercado internacional consegue manter a produção de leite ao nível dos últimos anos.
E a terceira verdade neste processo e que, ao longo deste ano, a produção de leite tem vindo sempre a cair em toda a Região e, principalmente, na ilha de São Miguel conforme notícias que o ‘Correio dos Açores’ tem vindo a publicar. J.P.
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